terça-feira, fevereiro 24

O "sítio"de Sebastião Salgado.

XX Feira do Livro de Coruche - 2 a 8 de Março.

Numa organização da Câmara Municipal e da Caminho Divulgação, Coruche apresenta mais uma edição da Feira do Livro.
Com um novo figurino, com o qual nos congratulamos, irão passar pela Vila Daniel Sampaio, Urbano Tavares Rodrigues, Ana Saldanha, Rita Fernandes, o timorense Luís Cardoso, Ana Nobre de Gusmão e a “coruchense” (acho que podemos chamar-lhe assim) Maria Alberta Menéres.
Em exposição permanente, a ilustração de Alain Corbel e as fotografias de Sebastião Salgado.

A Feira de 2004 promete.

sábado, fevereiro 21

Por essa imensa planície...



Os "sítios"alentejanos ganham, a cada dia que passa, mais expressão neste espaço a que decidiram chamar blogosfera. Do grupo dos que me levam sempre a regressar, destaco hoje o Alentejão (o Alentejo merece um blog assim), o Alentejanando, o Alandroal (obrigado aos seus autores pelo link e espero voltar aí este verão) e o 40º à sombra.

Passem por lá, a visita vale a pena.

domingo, fevereiro 15

Nostalgias...

Um dos últimos posts do Cruxe, fez-me regressar à idade da infância.
A personagem de chapéu que, por entre quadros repletos de precipícios, elevadores e patos (acho que eram patos), ia apanhando uns ovos, era uma das minhas favoritas. Havia outras: o Sabotador, o Eric, o Bomb Jack, etc.
Mas, o meu jogo preferido sempre foi o Fórmula 1. As vedetas automobilísticas da época estavam todas lá: o Lauda, o Alboreto, o Piquet, o Di Angelis e os novatos Senna e Prost.
Com post do Cruxe regressei às tardes das férias de verão; às reuniões do grupo que, depois da partida de futebol logo pela manhã, só terminavam com o grito das nossas mães a convocar-nos para o jantar; aos Spectrums; às cassetes adquiridas em qualquer feira ou mercado que, com sorte, ainda traziam um joguito de bónus gravado por descuido no lado B; aos gravadores em que os graves eram meticulosamente ajustados na busca do melhor som para o carregamento do jogo; a uma revista espanhola de que perdi o nome (Micro qualquer coisa) e que em cada edição nos presenteava com uns demos das novidades acabadinhas de sair no outro lado da fronteira.

sexta-feira, fevereiro 13

BENFICA vs PORTO

Quem não gosta de ser vitorioso?
Mas a vitória é só um resultado, um nome que não nos diz nada sobre os caminhos, os dramas, não nos revela nada sobre as inúmeras batalhas que foram travadas para que o resultado fosse alcançado.
Acredito na vitória do Benfica!!!
Por isso, não é paradoxal afirmar que há vitórias e Vitórias, com vê maiúsculo.
Se o sabor é sempre igual, o mesmo não se pode dizer dos méritos.
Mas não quero escrever um tratado sobre as vitórias, quero apenas enaltecer a Vitória do Benfica.
Viva o Benfica!
Não é um elogio gratuito.
Não é futurologia.
É reconhecer o mérito, louvar o valor extraordinário de quem merece.
Não é a vitória de um favorito. É o fruto de muito trabalho, de quem nunca esmorece.
Sim...Sou do Benfica!
Gosto da Vitória!

segunda-feira, fevereiro 9

As aulas!

Quando os professores são maus, as aulas são um desastre completo.
O Conspira que não é Prof. de Português, resolve vestir-lhe a pele e a aula não correu bem.

Numa coisa concordamos com o Conspira (há mais, mas não as vou revelar por enquanto, estamos em estado de guerrilha...): cada vez se escreve pior português. Qual a razão? Responsabilidade dos pais ou do nosso modelo educativo?

Aproveitando a boleia deixo aqui mais uma sugestão literária:



Gramática Activa 1
de Isabel Coimbra , Olga Coimbra
Editor: Instituto Camões

domingo, fevereiro 8

Resposta à resposta às críticas.

O Conspira ficou um pouco aborrecido com o nosso último post onde tecemos alguns comentários em relação a um outro post, publicado num outro blog (O Corujão), mas em que dedicámos ao seu Conspirações algumas linhas.

Quanto à observação que faz em relação aos meus gostos, eles são por demais conhecidos, o mesmo sucedendo com as posições que tomo na vida, sejam de que índole forem. Com esta forma de estar, felizmente (e não quer dizer que isso não aconteça ou não venha a acontecer), nunca sofri represálias e não é com medo delas que mudarei a minha forma de pensar e de estar. O tempo da outra senhora já passou há quase 30 anos.

Quanto à questão dos blogs anónimos, se ler bem o post que escrevemos, constata que em momento algum estamos contra eles ou contra aqueles em que os seus autores usam nome “fictício”. Observámos, apenas, que “a crítica fácil, por vezes mesmo ofensiva e a raiar a injúria e a difamação, pode ficar impune.” E concluímos que mesmo que assim seja, o tempo, sempre o tempo, revelar-nos-á a credibilidade desses blogs.
Mas, caro Conspira, ao escrevermos aquelas linhas a respeito dos blogs anónimos ou em que os autores usam "nomes fictícios" (onde se encontra o blog onde escrevo), fizemo-lo em abstracto e não as dirigindo ao Conspirações.

Quanto aos erros ortográficos, é evidente que todos estamos sujeitos a eles. Só quem não escreve estará a salvo. Não foi no Coruche, de certeza, que leu que o autor do Conspirações “não sabe escrever português”. Limitámo-nos a chamar a atenção para alguns erros que encontrámos, para que no futuro não houvesse essa “falta de atenção”. E fizemo-lo enquanto colegas destas lides.

Por fim, quanto ao facto de não termos conspirado directamente no seu blog, a razão é simples: temos de guardar os posts para o nosso.

Ah...caro Conspira, não leve as críticas tão a peito. Quem escreve num blog (ou noutro lugar público qualquer) tem de ter um pouco mais de fleuma e estar preparado para elas.


Nota:
Vêm – do verbo vir, por oposição a vêem do verbo ver.
Quanto ao enumeras, o caro Conspira continua a cair no erro. Não é uma mera questão de acentos. Se pretende referir-se ao grande número de profissões do Presidente da Câmara, deverá escrever inúmeras e não enumeras.

quinta-feira, fevereiro 5

Conspiremos!

O Corujão, num post sobre o novo blog coruchense – o conspirações – mostra algum “constrangimento em relação aos autores anónimos”. Concordamos, em parte, com J.G.. A crítica fácil, por vezes mesmo ofensiva e a raiar a injúria e a difamação, pode ficar impune. Mas mais que a impunidade, preocupante é a impossibilidade de resposta das vítimas dos ataques de um qualquer crítico furtivo que se esconde atrás do anonimato.
Se concordamos com J.G. neste ponto, já não sinto qualquer "constrangimento em relação aos autores anónimos". O tempo encarregar-se-á de ditar-lhes a sobrevivência. Mas, mesmo que sobrevivam, cometendo excessos ao abrigo do anonimato, numa coisa o tempo é implacável – revelar-nos-á a sua credibilidade.

No Conspirações preocupa-me, isso sim, alguns erros ortográficos (alguns gritantes) com que temos sido presenteados.(ex: vêm em vez de vêem, o enumeras, etc).

Aos autores recomendo alguma atenção. Apesar de espaço de liberdade, de reflexão e de crítica, os blogs sempre se caracterizaram pelo cuidado colocado na escrita pelos seus autores. Quanto ao resto, sejam bem vindos e muitos posts!O do Manuel Cigañao está divinal.

segunda-feira, fevereiro 2

O VALOR DA VIDA


Uma das preocupações que mais atormentam o animal humano é a de descobrir qual o sentido da vida. Qual a lógica, o significado ou a direcção da vida?
– É o que muitas vezes nos perguntamos, principalmente quando a tragédia se abate sobre nós ou quando os factos da existência não obedecem ao que planeamos.

Quando a força da realidade se sobrepõe ao mundo que elaboramos em nossos sonhos, quando a crueza dos factos ganha força sobre o mundo que só existe em nossos cérebros, então o drama se instala em nossas consciências.
Nesse momento, passamos a apelar ao sobrenatural, pois ele é a última possibilidade de enganarmos a nós mesmos de uma maneira satisfatória. Desejamos assim, ardentemente, que a vida tenha um sentido maior do que nós mesmos e de que não seja o acaso a única lei a reger o universo. Em nossa angústia, sentindo-nos impotentes para alterar a dinâmica da vida, acreditamos que o sentido de tudo nos escapa e de que há, sim, uma lógica qualquer subjacente às nossas existências e à natureza.

Essa busca desesperada de uma explicação, de um significado último para tudo que vivemos e experimentamos – em grande medida desejando sempre o oposto do que temos, e vendo, dia após dia, nossas expectativas serem frustradas –, tem gerado na história humana as revoluções. Mas faz nascer também, infelizmente, as religiões e os sistemas filosóficos metafísicos. As frustrações, no entanto, perseveram em se repetir, minuto a minuto, condenando os crédulos e os religiosos a acreditarem piamente que, envolvidos em certo plano maior, elaborado por uma divindade, só nos resta aceitar os factos, submetermo-nos a eles e – o pior – agradecermos aos céus.

A verdade, contudo, é que não há qualquer sentido para a vida. Fomos lançados ao universo exclusivamente por força do acaso que regeu – e continua a reger – a evolução das espécies. Tudo o que nos acontece é fruto de nossas escolhas pessoais, dos códigos genéticos que, casualmente, trazemos inscritos em nossas células, e das regras injustas criadas pelos poderosos que se especializaram em controlar as grandes maiorias. Somos filhos do acaso. Não há regras, a não ser as estabelecidas pelo próprio homem.
Não há um objectivo último na existência, a não ser as metas que nós mesmos colocamos para nossas vidas.
Fora desses limites só existem mentiras e devaneios.

Uma sensação de vazio abate o homem quando ele se percebe definitivamente livre sobre a Terra – e ela é insuportável para a maioria das pessoas. Condicionadas a acreditarem em coisas como a vida depois da morte, deuses, e tantas outras entidades metafísicas, pesa-lhes demais a liberdade absoluta de que todos nós dispomos sobre nossos corpos, sobre nossas vidas e sobre a própria natureza.

Se há um sentido para a vida, ele se resume, assim, a algo que, de tão simples, nos atormenta: somos livres. Apenas isso, nada mais.
E, para o homem verdadeiramente livre, o passado é algo morto, pois ele já não detém qualquer poder sobre ele – enquanto que o futuro, ou seja, o desconhecido, não existe. Usufruir nossa liberdade significa, dessa forma, aproveitar o presente, o agora, o imediato. Frente ao que acreditamos serem desgraças – ou seja, aqueles fatos que nos decepcionam, nos entristecem e nos desesperam – a atitude mais sábia é a altivez dos que sabem que o nascer e o morrer são os únicos imperativos que condicionam toda a natureza.

Esgotar, portanto, os prazeres da vida – todos eles, sem qualquer excepção – é o único percurso verdadeiramente digno para o animal humano que ama sua própria liberdade.

Esse homem e essa mulher, que impregnam seus quotidianos de força e coragem, não são egoístas, como certamente os julgarão as religiões e as filosofias que almejam somente escravizá-los, mas verdadeiros sábios.

Ao contrário, olham para seus semelhantes e para os factos e se sentem maiores, pois não estão acorrentados a mentiras, não estão presos às vulgaridades das religiões.
São livres frente a tudo e a todos.
Livres para esgotar as possibilidades que a natureza oferece a seus corpos. Livres para saborear as vitórias e as derrotas da mesma forma: como passos de liberdade na direcção da morte.
Livres para lutarem por seus ideais e para construí-los não amanhã, mas imediatamente, porque sabem que a vida se restringe ao agora.
Livres para transformar seus corpos em altares onde se cultiva o prazer, porque não se esquecem que o fim da humanidade – e de toda a natureza – é retornar à matéria de onde ela nasceu.
Nada mais.